quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

"O Sentido do Fim"

Vencedor do Man Booker Prize 2011, esta obra transporta-nos de forma sublime para a adolescência, onde a sombra do passado desponta o amanhecer da consciência.

Vaticinado a clássico da literatura inglesa.

Petição






Hoje utilizei o barco na ligação Trafaria-Belém-Trafaria. A ultima vez que o fiz tinha sido já à alguns anos e fiquei agradavelmente surpreendido com a natureza lúdica da travessia.

Bem sei que provavelmente quem por lá passa todos os dias, perca com o passar do tempo um pouco o encanto que hoje encontrei, no entanto, acredito que não deixe de ser revigorante para quem utiliza este meio de transporte com frequência. Frequência que soube estar comprometida devido às dificuldades orçamentais do actual governo. Inclusivamente, existe a hipótese de suprir esta ligação, deixando "apeadas" centenas de pessoas que utilizam estas embarcações no seu dia-a-dia. Por isso mesmo assinei a petição que tenta impedir mais um corte "cego", fruto de uma austeridade que tantos atinge. Deixo-vos o link e umas fotografias.

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N4808

"O Último Segredo"




O Último Segredo é o mais recente livro de José Rodrigues dos Santos e porventura o mais polémico.

Jornalista de investigação, o autor prima pelo rigor cientifico em todos os seus romances. Excluindo o enredo da história, tudo o resto reflecte correntes de pensamento fortemente fundamentadas em factos históricos.

Esta é a mais valia dos seus livros. O romance em si... enredos demasiado explorados, personagens estereotipadas como o herói sedutor ou o assassino implacável, conduzem-nos obrigatoriamente a um final dramático demasiado previsível.

Em suma, um mau romance que devido ao seu conteúdo histórico se torna imprescindível a uma população como a nossa, cristã e pouco culta (aqui o trolha incluído).


Para já ficam os dedos...

Numa mensagem de Natal tipicamente liberal, o actual Primeiro-Ministro falou das dificuldades que inevitavelmente surgirão em 2012 e da necessidade de "democratizar a economia".

Em relação ao primeiro ponto, já são vários os portugueses que as estão a sentir à um par de anos, não é propriamente uma novidade. Já em relação ao segundo ponto, convém fazer uma pequena tradução.

De que fala Passos Coelho quando propõe "democratizar a economia"? será o 25 de Abril na economia portuguesa que Francisco Lousã ainda à pouco tempo pedia?

Nada mais errado. A " democratização da economia" é nada mais nada menos que a liberalização total do sector, com os privados a assumirem o papel do Estado em todas as frentes, nomeadamente nos chamados "interesses estratégicos nacionais".

Os anéis já foram, ou estão prestes a ir, com a EDP a passar para os chineses e a Galp a caminho de mãos angolanas. Na extracção mineira vários contratos foram recentemente celebrados entre empresas de capital estrangeiro e o Estado Português.

Com que ficamos? com os dedos, ou seja, com as empresas que dão prejuízo, nomeadamente na área dos transportes. Resta apenas a dúvida de quando serão estes amputados...