sexta-feira, 9 de julho de 2010

Despedimento por justa causa


Em declarações ao jornal Sol, Carlos Queiroz fez a seguinte declaração "tendo em conta a estrutura amadora da Federação, as coisas correram muito bem"
Em primeiro lugar, considero muito estranho, que estando este senhor à frente dos destinos da selecção nacional, vai para dois anos, ainda não tenha conseguido profissionalizar a Federação Portuguesa de Futebol.
Depois, não pretendendo perder muito tempo, gostava de aqui analisar a carreira profissional do senhor professor Carlos Queiroz.
Até 1991 esteve à frente das camadas jovens de Portugal e conseguiu por 2 vezes o titulo de campeão do mundo de sub-20 e por uma o de campeão europeu de sub-17. Sem tirar o mérito ao senhor professor, foi a geração de ouro do futebol português. Outra geração como aquela, provavelmente nunca mais.
Passou dos sub-20 para a selecção A e Portugal falhou o Campeonato do Mundo de 1994. Lembram-se da famosa frase "é preciso varrer a m... da Federação", no final do jogo contra a Itália? já aí dava mostras do seu carácter.
A partir daí... no Sporting, para mal do clube veio substituir Sir Bobby Robson, um cavalheiro como poucos no mundo do futebol. Uma supertaça e uma taça de Portugal foi o saldo francamente negativo da aventura do maestro Sousa Cintra, que posteriormente admitiu ter sido o maior erro da sua vida...
Despedido em 1996 passou para o MetroStars, equipa norte-americana, onde não ganhou nada.
Mudando de Continente, treinou na época 1996/97 a equipa japonesa do Nogoya Grampos Eigth... onde também não ganhou nada.
Em 1999, nova mudança para o comando da selecção dos Emirados Árabes Unidos... nada.
Entre 2000 e 2002 treinou a selecção da África do Sul... nada.
Em 2002/2003 foi adjunto de Sir Alex Fergunson.
Em 2003/04 treinou os galácticos do Real Madrid. Ganhou uma Supertaça contra o... Mallorca.
De 2004 a 2008 foi de novo adjunto de Sir Alex Fergunson no Manchester United.
A partir daí, esteve à frente da selecção nacional, onde os parcos resultados falam por si... começo a compreender o amadorismo da Federação Portuguesa de Futebol. Em qualquer selecção de um país civilizado, declarações e comportamentos como aqueles que o senhor professor Carlos Queiroz tem adoptado, seriam alvo de um despedimento por justa causa, com direito a indemnização zero.