quinta-feira, 11 de novembro de 2010

FMI, o porque sim e o porque não

O executivo de José Sócrates continua a recusar o auxilio internacional na resolução da crise económica que assola o nosso país.

O argumento utilizado por este governo, é o de que Portugal tem as contas controladas e não necessita da intervenção ou ajuda do FMI ou de Bruxelas.

A realidade é no entanto bastante diferente. Portugal encontra-se com um deficit real na ordem dos 8,5%, o endividamento externo aumenta a 2,5 milhões de euros hora e, quando tudo o que tem sido escondido através da engenharia financeira for descoberto, Portugal cairá na tão apregoada bancarrota.

Ninguém no governo tem a mínima noção do futuro económico do país, ou, mais grave ainda, da real situação das finanças. Veja-se por exemplo o ministro Teixeira dos Santos, que ainda no ano passado em Junho, anunciava o fim da crise. Ou quando mais recentemente, afirmava que quando o juro dos títulos da divida soberana a 10 anos ultrapassa-se os 7%, seria necessária a intervenção do FMI... hoje verificou-se a percentagem mais alta de sempre, 7,37% e, apesar de toda a indignação do titular da pasta das finanças, já veio a publico defender o contrário do que tinha dito à uns dias atrás.

Portugal não tem as contas consolidadas. Muito longe disso. Ainda no ultimo dia da apresentação do orçamento do estado "apareceu" um buraco de 830 milhões de euros, vindo sabe-se lá de onde...
Então porque é que o governo insiste em atrasar a vinda do FMI?
A resposta é clara. Sócrates tem noção de que quando uma entidade imparcial e competente analisar a real situação do país, o seu nome ficará ligado ao maior descalabro financeiro da história de Portugal. E enquanto esse dia não chega, Sócrates e os "boys" continuam a "desbastar" o erário publico.
A titulo pessoal, sei que o melhor seria a entrada do FMI o mais depressa possível, de forma a ser conhecida a real situação em que nos encontramos, no entanto, como nacionalista acredito que em Portugal mandam os portugueses e, oponho-me a que qualquer entidade internacional nos diga o que temos de fazer.
Independentemente de tudo, será para breve a chegada do Fundo Internacional Monetário ao aeroporto da Portela. É uma questão de meses.
Quanto a nós, portugueses, espera-nos uma longa travessia, até conhecer-mos de novo a prosperidade.


Imagens da nossa terra

Gerês