quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Zangam-se as comadres...

Está por um fio a coligação que sustenta o governo. Portas, sempre escorregadio, prepara-se para "abandonar o barco" face às medidas pouco populares que o seu governo tem vindo a adoptar. E o que nos resta?
Resta-nos um governo de iniciativa presidencial fortemente apoiado nos três partidos que se sentaram com a "troika" e com nomes propostos por esta, à semelhança do que aconteceu na Grécia e em Itália. Não haverá eleições, essencialmente porque a extrema esquerda conta presentemente com perto de 40% do eleitorado. É verdade, no esquecimento já caíram os anos do PREC, ou os milhões de mortos provocados pelas utopias marxistas. Num pais onde a verdadeira direita é residual e sem qualquer expressão, o esquerdalho lavrou o campo fértil do descontentamento popular e da miséria humana. Apoiado na cultura (com letra pequenina), nos media (onde sempre tiveram simpatia) e em bases fortemente implantadas ao longo dos anos em que a democracia se desgastou, esta esquerda revolucionária prepara-se para tomar o poder de assalto. Não se iludam, não temos a Aurora Dourada ou as Forças Armadas gregas nem o neo-fascismo italiano da Casa-Pound. Portugal prepara-se para uma viragem radical à esquerda e, a culpa é de todos nós, aqueles que conscientemente o permitimos.

Orçamento de Estado

Estão à vista as linhas gerais para o próximo orçamento de Estado. Aumento brutal da carga fiscal e um pouco significativo corte na despesa, baseado na redução salarial   e despedimentos. Para trás ficaram as tão apregoadas medidas de corte nas "gorduras" no Estado, tendo estas sido adiadas para 2013.
Aumento dos impostos significa menor poder de compra e consequente recessão económica. Sem dinheiro não há consumo, sem consumo diminui a produção, com a diminuição da produção aumenta o desemprego e a falência de muitas empresas, caem as receitas fiscais e aumenta o deficit. Como não sou ingénuo não acredito que o governo não tenha conhecimento destas regras "básicas" de economia. Resta perguntar o porquê de estarmos a ser empobrecidos deliberadamente.