terça-feira, 13 de julho de 2010

Palavras para quê...

Em traços gerais:
O amigo aqui ao lado foi condenado a 7 anos de prisão efectiva.
Recorreu ao Tribunal da Relação de Lisboa que lhe reduziu a pena por branqueamento de capitais e fraude fiscal, retirou a condenação pelo crime de abuso de poder, mandou repetir a audiência pelo crime de corrupção, diminuiu a indemnização ao Estado para 197 966,00€ e revogou a perda em favor do Estado de um terreno no Algarve.
Mais, o senhor continua a exercer o cargo de Presidente da Câmara de Oeiras e prepara-se para recorrer ao Tribunal Constitucional, onde, alvitro eu, o Ministério publico apresentará um pedido de desculpas formal, com direito a indemnização choruda, de forma a repor o bom nome de tão digno meliante, perdão representante da presente classe política portuguesa.

Deu prejuízo


A participação de Portugal no Mundial de 2010 deu um prejuízo de 1 milhão de euros.
Os jogadores portugueses e respectiva equipa técnica, vão receber de prémio por terem atingido os oitavos de final, 3 milhões de euros. O destaque vai para o seleccionador nacional, que receberá a módica quantia de 720 mil euros.
As causas para o défice apresentado pela Federação, estão no amadorismo da sua estrutura, ao celebrar um contracto que prevê uma comissão de 10%, do total da verba paga pela FIFA a um simples seleccionador (incompetente por sinal).
Só a titulo de curiosidade, Scolari recebeu menos de metade no Europeu 2004 e conseguiu o 2º lugar.

Acordo ortográfico

O Acordo ortográfico de 1945 foi celebrado entre a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras, no intuito de terminar com as diferenças ortográficas entre Portugal e Brasil.
Em Portugal, o decreto 35 228 de 5 de Outubro de 1945, explicitou a grafia da língua portuguesa, entrando em vigor a 1 de Janeiro de 1946.
No Brasil, o decreto-lei 8.286 de 5 de Dezembro de 1945, deveria concretizar a uniformização da língua portuguesa. Deveria, mas não uniformizou. Correntes nacionalistas brasileiras impediram a aprovação do decreto lei no congresso, revogando-o em 21 de Outubro de 1955, através da publicação do decreto-lei 2.623. Em suma, celebraram um acordo e não o cumpriram.
Saliento que, em 1 de Janeiro de 1946, o acordo entrou em vigor em Portugal e respectivas colónias. Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, S.Tomé e Príncipe e todos os territórios que compunham o Império, totalizando uma área de 2.168.071 Km2.
O acordo ortográfico de 1945 ainda está em vigor nos territórios atrás referidos, que mantiveram o português como língua oficial.

O Diabo