terça-feira, 2 de julho de 2013

O adeus da assombração

O barco afunda-se e os ratos abandonam o navio. Portas, o politico de excelência, lá arranjou uma desculpa para se pôr ao fresco, ilibando-se de qualquer responsabilidade na situação dramática que vivemos.  
Sem Portas não há coligação, sem coligação não há governo e sem governo vamos para eleições antecipadas. A esquerda sem excepção bate palmas, os centristas do PSD afundam-se e os populistas da direita das feiras, ideologicamente vazios, preparam-se para nova coligação, desta feita com os xuxas.
Ficaram admirados? Não deviam, foi tudo combinado nos primeiros dias de Junho na reunião do clube Bilderberg realizada este ano a norte de Londres. Paulo Portas e António José Seguro foram os convidados especiais este ano.
E as nossas direitas? As nossas, as verdadeiras? Divididas à muito, devido em grande parte a quezílias pessoais e a questões fracturantes que infelizmente se sobrepõem ao interesse nacional, continuam a desperdiçar a oportunidade que esta situação de descontentamento generalizado oferece.
Por toda a Europa destacam-se movimentos nacionalistas, enquanto que por cá nos agarramos à desculpa do boicote mediático. Como se essa questão, apesar de real, pudesse justificar os resultados paupérrimos dos diferentes partidos e movimentos. A titulo de exemplo, triste exemplo, dou o dia 1ª de Dezembro, onde nos Restauradores o PNR e o MON celebraram a data separados por... pasme-se caro leitor, um cordão policial.
Que não haja dúvidas  o país vai virar à esquerda, com os radicais a obterem uma votação nunca antes vista em solo nacional. Sim, porque esses sabem capitalizar o desagrado dos eleitores.
Por fim gostava apenas de assumir a minha quota parte de responsabilidade nos futuros acontecimentos. A culpa não deve morrer solteira e neste caso em concreto ela reside em todos os que, modéstia à parte, se consideram politicamente esclarecidos.