domingo, 8 de agosto de 2010

Inferno

Portugal está a arder.

Todos os anos é a mesma coisa. Não interessa a filiação partidária dos governantes, dos autarcas, do comandante dos bombeiros, do guarda florestal ou do padre da paróquia.

Portugal está a arder e, afianço-vos, para o ano vai voltar a arder.

A questão é complexa e mexe com interesses à muito estabelecidos ,portanto, independentemente do futuro politico da Nação, ou aparece um individuo politicamente incorrecto ou... vai voltar a arder.

A solução assenta na prevenção.

Limpeza das matas. o Estado a dar o exemplo, a limpar o que lhe compete e o que não lhe compete. O que não lhe compete apresenta a factura ao proprietário, o proprietário não paga e parcela da propriedade reverte para o Estado.

Vigilância. Postos de vigia em posições elevadas de forma a cobrir em rede vastas áreas florestais. Por posto de vigia entendo: estrutura elevada coberta equipada com radio e par de binóculos.

De Maio a Outubro nos quartéis só ficava o pessoal indispensável para assegurar os serviços mínimos. Ia tudo para o mato. Acampamentos base por companhia, topográficas 24 sobre 24 com vista ao patrulhamento efectivo no terreno.
À GNR caberia o patrulhamento da rede viária principal e secundária.
A Força aérea Portuguesa contribuiria com patrulhamento aéreo das zonas mais inacessíveis. Um C-130 voa 3800 km sem reabastecer. Varias horas de voo com o típico céu limpo de verão permitiriam uma vigilância eficaz na detecção dos focos de incêndio.
Isto no imediato, a médio longo prazo, existem projectos nacionais de vídeo vigilância florestal, capazes de detectar focos de incêndio aquando da ignição.
No combate às chamas os bombeiros estariam na linha da frente devidamente apoiados pelas Forças Armadas e protecção Civil.
Nas várias corporações de voluntários haveria alterações de monta, a começar pela aquisição dos meios necessários. No ultimo relatório que consultei poupar-se-ia 40% se as compras (nomeadamente viaturas) fossem feitas pela administração central.
Coordenação: Meios aéreos, terrestres e humanos directamente coordenados pelas forças Armadas numa sede de comando distrital, onde a protecção civil faria a ligação entre as corporações, a comandar localmente e os coordenadores distritais. Deixaram "arder" a Soberania Nacional, teriam agora oportunidade de impedir que ardesse o resto.
E meios humanos para tudo isto? pergunta o leitor... 700 000 desempregados assegurariam a limpeza das florestas e montes em 15 dias. Nos locais mais inóspitos onde a utilização de maquinaria não fosse possível, utilizar-se-ia os 12 000 indivíduos presentemente a cumprir pena nos estabelecimentos prisionais.
Nos postos de vigia, as associações de jovens, nomeadamente os escuteiros, teriam um papel preponderante, assegurando assim desta forma o contacto com a natureza a uma juventude cada vez menos jovem.
Não há militares suficientes? serviço militar obrigatório. Incorporações no principio de Junho até 31 de Agosto do ano seguinte. Voltava desta forma o meio para transmitir valores morais, cada vez mais em falta a uma juventude decadente.
Uma palavrinha para as penas aplicadas aos piromaníacos... hum...é melhor não.

E mais nada!


O meu Sporting de quando em quando dá-me umas alegrias.
Não me refiro às vitórias na pré-eliminatória da Liga-Europa, estou a falar de sermos o primeiro clube em Portugal a proibir os saxofones africanos no interior do estádio.
Esta vitória ninguém nos tira!

Plano \nclinado

Este programa conta com o sindicalista Manuel Carvalho da Silva, promete...

Promete mas não cumpre.

O mesmo discurso de sempre, o mesmo disco riscado na grafonola à 36 anos.

Houve uma nítida falta de coragem dos entrevistadores para confrontar o convidado com factos do antes e pós 25 de abril. Numa determinada altura, tive a sensação que João Duque lhe ia dizer umas verdades, mas não se concretizou.

Um facto que desconhecia, na democrática China houve 48 000 greves no ano passado... ;-)

Diabo atrasado

Tenho sérias duvidas que o processo reabra, mas se reabrir aposto que não dá em nada.

Regresso


Acabaram-se as férias, pelo menos aquilo que eu entendo por férias.
O monte, a aldeia que serviu de berço aos meus antepassados, a família que por lá ficou e a que à minha semelhança lá retorna.
O convívio entre pessoas unidas pelo sangue e por algo mais... algo que irradia da terra e que nos toma por seus. É a magia dos montes e fragas, do inóspito caracteristico daquelas paragens, que nos verga perante o peso da chamada.
Todos os anos o regresso é-me mais penoso.