domingo, 30 de janeiro de 2011
O fim da novela.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Noticiário do terceiro mundo
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
O bando de Argel
Aqui fica um contributo do chefe Abílio Augusto Pires, escrito já há uns anos, para a biografia do conhecido candidato presidencial.
"Alguns elementos sobre o Bando de Argel"
Natural de Águeda ou arredores, Manuel Alegre fez a sua vida académica em Coimbra. Descendente de uma classe “média-alta” fez a vida normal de estudante de Coimbra, um tanto boémia e, nesse sentido, um tanto tradicionalista. Cedo se virou para a política o que, no ambiente de Coimbra, também era tradicional. Militou na “organização local” do p.c.p. e estou à vontade para afirmá-lo porque fui eu próprio quem desmantelou essa organização. Dos seus elementos com alguma responsabilidade ficaram dois: Silva Marques, hoje deputado do P.S.D. que, embora fosse estagiário de advocacia em Aveiro, vivia já numa situação de semi-clandestinidade, e o Manuel Alegre. Mas ficaram por razões diferentes. O primeiro, Silva Marques, porque mergulhou na clandestinidade e viria depois a fixar-se na Itália, onde entrou em litígio com o “partido” do qual veio a ser expulso, após ter feito várias autocríticas que, de resto, conheci. Manuel Alegre também escapou mas porque estava a prestar serviço militar no R.I. 12 (Regimento de Infantaria nº12) situado precisamente em Coimbra e já mobilizado para Angola, como alferes miliciano. A PIDE foi sempre um pouco avessa à detenção de militares mas, neste caso, pesou mais o facto de estar mobilizado. É, pois, totalmente falsa a ideia de que desertou por ser perseguido pela PIDE que não o prendeu porque não quis fazê-lo. As razões íntimas que o levaram à deserção só ele poderia explicá-las se bem que se tornou evidente para quem alguma vez ouviu a “voz da liberdade” ao longo dos seus 12 anos de funcionamento.
E não venha dizer que não traiu. Fê-lo ao longo de 12 anos, não só pelas declarações que prestou como também pelas que obrigou a prestar. Trata-se de matéria conhecida mas que abordarei um pouco à frente.
Desertou e foi para Paris em 1962, estava a ser criada a FPLN (Frente patriótica de libertação nacional) que já se decidira iria funcionar em Argel, com o beneplácito do governo argelino e toda a sua protecção. Seria dirigida por Fernando Piteira Santos que fora funcionário do partido comunista português e expulso da organização uns dez (10) anos antes. Aliás, o governo argelino já autorizara também a instalação e funcionamento da rádio “voz da liberdade” da qual Manuel Alegre viria a ser o locutor até 25 de Abril de 1974. Assim, em meados de 1962, partiriam de Paris rumo a Argel Fernando Piteira Santos, sua companheira, Maria Stella Bicker Correia Ribeiro e Manuel Alegre. A FPLN cresceu rapidamente e tem que dizer-se que o seu principal indutor foi a rádio “voz da liberdade”. Tornou-se, assim, a breve trecho, num autêntico coio de traidores, grande parte deles desertores do Exército Português e também, ex-prisioneiros que, libertados pelo inimigo, eram para ali encaminhados e lá permaneciam em cativeiro pelo menos até se disporem a revelar perante os microfones tudo o que sabiam e não só: tinham igualmente que recitar “ipsis verbis” o discurso que lhes punham à frente. Só depois disso é que teriam hipótese de sair da Argélia. Esta atitude, que em qualquer país civilizado consubstanciaria a figura jurídica de “cárcere privado” era praticada pela FPLN com a cumplicidade do senhor Manuel Alegre: só que no Portugal democrático ninguém fala disso. Não seria trair?
E receber os chefes dos movimentos africanos que nos combatiam, ouvir e transmitir aí os seus dislates não seria trair?
E fornecer-lhes as informações que desertores e ex-prisioneiros de guerra eram forçados a prestar não seria trair?
Bom, se isto não era trair vamos a outro aspecto: - Enviar homens – elementos da FPLN – para Cuba a fim de serem instruídos na guerrilha urbana, também não era trair? E a FPLN (não só mas também) enviou para lá alguns que foram treinados numa base cujo nome não me recordo de momento mas sei que dista 17 quilómetros de Havana e foram treinados entre outros por Alvarez del Bayo, antigo coronel do Exército espanhol que se bateu contra Franco e foi um dos homens do DRIL ( Directório Revolucionário Ibérico de Libertação) que organizou o assalto ao Santa Maria. E também me lembro que esses homens (da FPLN) foram treinados no fabrico e uso de explosivos e, ainda, a fazer guerrilha urbana com armas que eles próprios tinham que fabricar. E que aprenderam, por exemplo, a fabricar morteiros partindo de um simples cano retirado de um algeroz. Isto era bem mais do que trair. E para que dúvidas não restem, cito dois nomes: Eduardo Cruzeiro que foi jornalista do “República”, está vivo e tem um “bom tacho” na RTP, e Rui Cabeçadas que é ou foi advogado. E digo “é ou foi “ porque calculo que teria a minha idade, talvez um pouco mais, e não sei se é vivo ou já morreu. Chega? Não, não chega que eu tenho mais.
Sei que a vida na FPLN não era um “mar de rosas” para todos. Bem pelo contrário: as guerras entre essa organização e o p.c.p. era violentíssima. Chegou-se ao ponto de o p.c.p. ocupar a rádio pela força e a FPLN responder com um contra-golpe que consistiu em levantar os depósitos bancários do p.c.p., factos que obrigaram o governo argelino a intervir para pôr as coisas no lugar. E como nem o Dr. Pedro dos santos Soares, membro da cúpula do p.c.p. e adrede enviado para Argel conseguiu pacificar as hostes, este partido decidiu jogar a última cartada: nem mais nem menos do que Humberto Delgado. Estava no Brasil, sofria de doença grave e foi a Praga para se tratar. Foi aí que o p.c.p. o abordou e convenceu a ir para Argel. Foi-lhe dito que tudo o que se pretendia era unir a oposição e derrubar o “regime fascista” português. Ninguém se não ele poderia liderar essa união, preparar e comandar o golpe. Convencido do seu prestígio, acreditou e foi para a Argélia. Enganou-se, até porque nunca lhe passara pela cabeça que encontraria o que na realidade encontrou. Desconhecia que o p.c.p. jamais perdoaria a “traição” de Piteira Santos, que, embora marxista e reconhecido como tal, havia falado na PIDE. Mas havia outros problemas não menos graves: Humberto Delgado era um impulsivo e queria uma revolução imediata. O p.c.p., mais preparado politicamente, respondia que aprendera as lições da guerra civil de Espanha e da própria Guatemala. Era para eles evidente que “nenhuma revolução poderia triunfar sem que antes conseguisse o apoio das Forças Armadas”. Não embarcava em aventureirismos. Virou-se para a FPLN e a ela aderiu. Só que, logo que pôs o problema da revolução imediata, foi-lhe respondido que Lenine ensinava que “nenhuma revolução de massas poderia ser ganha sem que tivesse o apoio de uma parte do exército que houvesse servido o regime anterior”. Não percebera que uns e outros eram marxistas e sabiam que o comunismo não tinha a mínima hipótese de governar Portugal. O que interessava a todos era entregar a África Portuguesa à União Soviética. E isto significava para Delgado que “entre dois mundos ficara sem mundo”. Tentou, por sua vez, a última cartada: era amigo e um grande admirador de Che Guevara que se transformara em mito de todos os revolucionários de todo o mundo. Pediu a sua ajuda eGuevara aceitou. Foi para Argel e por lá ficou uns tempos mas nada fez. Nem podia fazer: Guevara era agente do KGB soviético. E os interesses de Moscovo estavam muitíssimo à frente de Humberto Delgado, que ficou só. Sem dinheiro, sem saúde e sem apoios ameaçou entregar-se às Autoridades Portuguesas. Foi o seu fim. Não sei como nem em que circunstâncias. Tudo o que sei – e já o disse várias vezes – é que essa história continua mal contada. Quem sabe se o senhor Manuel Alegre não poderia levantar uma pontinha do véu?..."
Abílio Augusto Pires- nasceu em Castro de Avelãs (Bragança) em 1926. Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
Em Janeiro de 1950 ingressa na PIDE, como agente auxiliar. Inspector a partir de 1965, sendo em Abril de 1974, Inspector-Adjunto da DGS. Dirige, na polícia, o Centro de Informação 2. Integra o Conselho de Segurança Interna, em representação do Ministério do Interior.
Adenda: agradecimento ao blogue nonas de onde "pilhei" esta informação que me parece importante partilhar com os leitores da casa. Não se esqueçam que estamos a falar do candidato apoiado pelo PS e Bloco de ester... esquerda.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Telma Monteiro
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
O estado a que o Estado chegou
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Melhor treinador do mundo
Do bom e do melhor.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Sempre a fundo!
Ruben Faria, Hélder Rodrigues e Paulo Gonçalves, 2º na 1ª etapa, 1º na 6ª etapa e 1º na 5ª etapa respectivamente.
A todos os outros participantes lusos desejo a melhor das sortes, naquela que é considerada a mais dura das provas de todo o terreno.
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
O antes e o depois (I)...
Secretário de estado dos assuntos fiscais (1987-1991)
Depois de 1991 representou Portugal no Banco Europeu de investimento. Em 1994 regressou e assumiu a presidência do Finibanco. Em 1998 passou a presidente do BPN.
Juiz do Tribunal Constitucional (1989-1994)
Deputado no Parlamento Europeu (1994-1995)
Vice-Primeiro Ministro e Ministro da Defesa (1995-1997)
Comissário Europeu (1999-2004).
No privado: Presidente da Assembleia-Geral da Brisa, da Novabase e da Finipro. Administrador (não executivo) da Siemens, presidente do Concelho de Administração da fundação Res Publica (ligada ao PS).
Sócio de uma reputada empresa de advogados, ainda assumiu a presidência da fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (2007-2009).
Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta e Vice-Presidente da PT.
Adenda: Um obrigado e um abraço ao Marco, o resto publico mais à frente.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Crise?
Triste mundo...
domingo, 2 de janeiro de 2011
Frase do dia
sábado, 1 de janeiro de 2011
Contrdições
Portugal, segundo este relatório, é um dos países onde se regista uma progressão impressionante: subiu do 25.º para o 21.º lugar num conjunto de 33 estados.
O PISA demonstra, ainda, que Portugal é o segundo país que mais progrediu em Ciências e o quarto que mais progrediu em Leitura e Matemática.
Isto é o que diz a OCDE.
Já Hélder Sousa, presidente do gabinete de Avaliação Educacional afirma "Os alunos portugueses do 8º e 12º ano têm dificuldade em escrever, raciocinar e resolver problemas mais complexos".