quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Presentemente...

Presentemente está entregue a pessoas incompetentes, que apenas usam o clube para satisfazer a sua vaidade e ambição pessoal.

Quem me conhece sabe que não gosto de julgar precipitadamente pessoas ou acontecimentos. Por isso mesmo esperei três meses para aqui voltar a falar do "meu" clube.

Passados cem angustiantes dias, não consigo permanecer em silêncio.

Abordo apenas o futebol, que quer queiramos ou não, é a principal e mais visível modalidade do clube e a que movimenta maiores verbas.

Para falar de futebol, obrigatoriamente temos de falar da academia já anteriormente aqui focada. Trata-se na opinião de muitos, da melhor escola de formação de futebol do mundo e, pretensiosismos aparte, o futebol português, em especial a selecção nacional, muito deve a esta exemplar instituição.
O que me leva à próxima questão... Como é possível ao Sporting continuar a fornecer ao futebol valores individuais de grande monta e depois permitir aos abutres somas exorbitantes aquando das transferências desses mesmos jogadores?
Para quando a criação de uma empresa ligada ao clube de Alvalade que tenha por missão a gestão profissional das carreiras dos jogadores formados na Academia, defendendo desta forma os interesses do clube?
Pensem simplesmente na simplificação do processo negocial no mercado. O clube interessado na compra, o jogador e o clube que vende e representa esse mesmo jogador.
Não tenham duvidas, presentemente o Sporting vive refém dos interesse dessa espécie de especulador internacional conhecido por empresário. Basta ver recentemente as transferências de João Moutinho e Miguel Veloso, ou a aquisição dessas preciosidades futubolisticas que dão pelo nome de Caicedo e Pongole...
Passando para direcção...
Um presidente controverso, vaidoso, sem competências profissionais para assumir o cargo.
Um director desportivo com ligações afectivas a um rival (Ruben Micael, André Vilas Boas, João Moutinho, Vucevic, Izmailov...).
Departamento clínico...
Corro o risco de ser injusto, mas já que estou em maré de desabafo, alguém me consegue explicar que super bactéria atacou jogadores imprescindíveis como Leandro Grimi e Marat Izmailov?
Já com Carlos Martins foi o que foi...
Analiso agora o plantel...
Com todo o respeito por Paulo Sérgio, não creio ser a pessoa indicada para treinador do clube.
O Sporting joga mal e nitidamente à defesa, como se trata-se de uma equipa de segunda linha, fruto de um modelo de jogo que implica sempre dois trincos...e isso é da responsabilidade do treinador.
Por sectores.
Patrício indiscutivelmente o titular na baliza, Carriço não está num bom momento e Polga não é certo (nunca foi). Nuno André Coelho parece-me a melhor aposta para o eixo da defesa, fazendo dupla com o actual capitão do Sporting. No lado direito João Pereira é um leão pleno de raça. No lado esquerdo Evaldo é algo que oscila entre o lamentável e o sofrível.
O leitor há-de reparar que quando o adversário faz uma transição rápida para o ataque é o central que cobre o flanco esquerdo do Sporting. O Evaldo normalmente fica no eixo ou completamente fora da jogada. Atentem no numero de golos sofridos pela equipa com origem no lado esquerdo da defensiva... que saudades de Grimi e da sua entrega ao jogo.
No meio-campo jogamos com dois trincos assumidos (Maniche e André Santos), ou com três disfarçados (juntar o Pedro Mendes ou Zapater no caso de haver lesões ou castigados).
Médios criativos é perfil que não encaixa no modelo de Paulo Sérgio. Depois é ver o Sporting sem opções para conduzir a bola de forma sustentada para o ataque. Izmailov castigado, lesionado e com um processo a decorrer no tribunal de trabalho, Pereirinha dispensado, vukcevic a jogar de tempos a tempos na posição de avançado e Salomão pouco utilizado... Valdés tem sido o mais produtivo até à data. Nem com o Matias lesionado o Sporting consegue jogar um futebol fluido.
Na frente Liedson fora de prazo, Djaló inconstante e Postiga em grande.
Se a tudo isto juntarmos uma rotatividade no onze claramente prejudicial à formação de uma equipa no real sentido da palavra, podemos considerar que a diferença entre a presente situação, pouco favorável, e o descalabro total assenta no excelente momento de forma de Postiga, João Pereira e Patrício.

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