quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A Revolução dos Idiotas


"Até o século XIX o idiota era apenas o idiota e como tal se comportava. E o primeiro a saber-se idiota era o próprio idiota. Não tinha ilusões. Julgando-se um inepto nato e hereditário, jamais se atreveu a mover uma palha, ou tirar uma cadeira do lugar. Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os “melhores” pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele. Deve-se a Marx o formidável despertar dos idiotas. Estes descobriram que são em maior número e sentiram a embriaguez da omnipotência numérica. E, então, aquele sujeito que, há 500 mil anos, limitava-se a babar na gravata, passou a existir socialmente, economicamente, politicamente, culturalmente etc. houve, em toda parte, a explosão triunfal dos idiotas."

 Nelson Rodrigues

6 comentários:

Anónimo disse...

A falar do seu mundo ?
Aqui de certo que sabe o que fala, por isso nem me vou adiantar mais na escrita. Tenha a palavra sr Trolha.
saudações

Vasco Dionísio disse...

Bom dia.
Não tenho Marx como referência :-).
Saúde.

Anónimo disse...

Tembem passam idiotas por aqui!
Senão vejamos :
IDIOTA = "Que ou quem se mostra incapaz de coordenar ideias"
Explico : quer se concorde quer se discorde, o Trolha coordena as suas ideias, certas, erradas, mas coordena-as!
Já aqueles que não concordam mas assiduamente visitam este espaço para ler e atacar, não sei se sabem articular as suas próprias ideias, limitando-se apenas e só a criticar as dos outros. De resto, esta caracteristica é comum a certas franjas da sociedade!
Por enquanto fico por aqui, pois se me alongo, vou perder o autocontrolo, vou-me empolgar e sem Idiotice alguma vou coordenar uma enxurrada de ideias bastante afiadas às já referidas franjas da sociedade.
Caro Trolha fique bem, escreva o que lhe vai na alma, faz bem, descomprime e relaxa!!!
Aquele GLORIOSO abraço!

Anónimo disse...

Caro Trolha, já há algum tempo que acompanho o seu blogue, onde independetemente dos assuntos abordados aqui, que a meu ver são sempre pertinentes e de bastante interesse, fico deveras desgostosa que continuem por aqui a passar pessoas, que além de demonstrarem uma falta de respeito pelo seu espaço, não dizem nada de útil, apenas atacam e não trazem nenhum argumento válido. Tenho pena, daqui podemos apenas constactar, que estamos numa sociedade onde os valores deixaram de existir, a falta de respeito impera, nada se aprende nesta sociedade moderna, aliás, aprende-se, aprende-se a ser fútil, a viver-se de aparências e a não se fazer nada de útil ao nosso País, nem ao país nem à sociedade...infelizmente é este o mundo que vivemos hoje em dia.
Bem haja Caro Trolha e continue, ainda existem pessoas que querem não só aprender, como a ter algum conhecimento acrescido ao já existente.

Saúde, da boa.

Anónimo disse...

Freud explicaria as demências de personalidade de uma pessoa frustrada mais ou menos da seguinte foma :
O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade. O id anseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade quando a pessoa é normal, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, quando não é distorcida pelo próprio ego, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer as necessidades recalcadas e reduzir a tensão também ela recalcada.
Namasté caro trolha

Vasco Dionísio disse...

Boa tarde.
A frustração de um individuo segundo Sigmund Freud, tem por base o conflito entre o id (isso) e o superego (sobre eu) e resulta na incapacidade do ego (eu) em gerir esse conflito. Sucintamente e de forma simples pois não possuo formação para que seja de outra forma. As necessidades primitivas do individuo versus os valores morais do mesmo, assimilados no seu processo educativo. A função do ego (ich) é racionalizar os impulsos da energia psíquica básica (es) de uma forma satisfatória na busca pela perfeição imposta pelo superego (uber-ich).
No fundo a racionalização dos instintos do subconsciente de maneira a não ferir a moralidade. Quando tal não é conseguido gera-se a ansiedade, podendo esta transformar-se em frustração.
Espero sinceramente ter sido prestável na definição freudiana de neurose (incapacidade do individuo em lidar com a frustração), assim pelo menos consegue caracterizar-me correctamente.
Saudações.