sábado, 31 de agosto de 2013
História politicamente incorrecta do Portugal contemporâneo (De Salazar a Soares), é um livro da autoria de Henrique Raposo, um jovem historiador que à semelhança de uns poucos da sua geração, se limita a analisar factos, fazendo de seguida as intrepetações decorrentes dos mesmos.
Para as elites progressistas, é sem dúvida um livro incómodo. Analisa cinco temas à luz de acontecimentos históricos inegáveis, sendo que as conclusões divergem das verdades oficiais deste regime.
Destaco apenas o tema que aborda a criação do Estado Social entre 1950 e 1973 e o 25 de Novembro, marco oficial da "hegemonia cultural da vulgata marxista no seio da III República".
Um livro obrigatório para todos aqueles que tenham abertura de espírito para apreciar o pensamento dissidente.
Adenda: Cito a frase final da introdução, pois é algo que já venho a afirmar de à uns anos a esta parte: "sem o saber, grande parte da nossa direita continua colonizada pela esquerda". Ou seja, invariavelmente, a direita em Portugal é a permitida pela esquerda. Uma direita de feiras, oca, ideologicamente vazia com laivos de neoliberalismo ao serviço do capitalismo e da globalização.
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Soldados da paz
Uma sentida e justa homenagem a todos os bombeiros portugueses, em mais uma trágica época de incêndios.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Taça de Honra da AFL
É a primeira conquista da equipa indomável de futsal do Sporting, que bateu na final da Taça de Honra da Associação de futsal de Lisboa o eterno rival por 3-2.
Força Sporting!
Adenda: No fim do jogo houve desacatos junto ao banco do Sporting, provocados por um jogador da equipa adversária e respectivos familiares. Já não é a primeira vez, que este individuo tem este tipo de comportamentos, pelo que é de estranhar a passividade das autoridades desportivas da modalidade.
domingo, 25 de agosto de 2013
Gru-O Maldisposto 2
Confesso que foi com alguma apreensão com que fui assistir a esta película. Quando o primeiro filme é quase perfeito a sequela por norma desilude. Neste caso a norma confirma-se. Gru, o arqui-vilão, a encarnação do mal, transformado num agente de campo ao serviço do bem, apaixonado pela sua colega de infortúnio.
Apesar da transformação radical no perfil da personagem principal, não se perde tudo. Os minions continuam a desempenhar uma função fulcral no entretenimento do público. Pequenos, amarelos e de poucas falas, estes gnomos da modernidade são, na opinião de um leigo, uma das criações mais geniais da animação cinematográfica.
Apesar de tudo um bom filme, capaz de proporcionar uma agradável sessão de cinema em família, especialmente para quem gosta de um Gru simpático e bonzinho.
sábado, 24 de agosto de 2013
Briosa 0 - SCP 4
Exibição convincente da equipa de Alvalade. Um conjunto equilibrado tacticamente onde o colectivo se sobrepõe ao individual.
Este ano o Sporting tem 2 belos laterais. Cédic e Jefferson em grande. O meio campo é de luxo com André Martins em plena afirmação no onze titular. Já os centrais não me convencem, lentos e fraquinhos no jogo aéreo, já para não falar nas dificuldades no posicionamento. Também Slimani se inclui no rol dos inadaptados. Demasiado grande e pouco dotado técnicamente para o futebol praticado pelo Sporting. Ou muito me engano ou será outro Purovic, vamos ver.
Fica a imagem do homem do jogo.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Mais uma vitória...
... para Bruno de Carvalho.
A CAP (Comissão Arbitral Paritária) decidiu em favor do Sporting no caso Bruma. Ainda não tinha feito nenhuma alusão ao rapazinho porque esperava esta decisão. Agora pode ir para a praia jogar à "rabia" com o advogado e com o empresário.
Bruma, jogador do Sporting Clube de Portugal até Junho de 2014.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Leni Reifenstahl
Faria hoje 111 anos a maior cineasta do século XX. Os seus
métodos inovadores na área da estética cinematográfica fizeram com que os seus
trabalhos sejam ainda hoje uma referência na sétima arte.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
A Revolução dos Idiotas
"Até o século XIX o idiota era apenas o idiota e como tal se
comportava. E o primeiro a saber-se idiota era o próprio idiota. Não tinha
ilusões. Julgando-se um inepto nato e hereditário, jamais se atreveu a mover
uma palha, ou tirar uma cadeira do lugar. Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um
idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os
“melhores” pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele. Deve-se a Marx
o formidável despertar dos idiotas. Estes descobriram que são em maior número e
sentiram a embriaguez da omnipotência numérica. E, então, aquele sujeito que,
há 500 mil anos, limitava-se a babar na gravata, passou a existir socialmente,
economicamente, politicamente, culturalmente etc. houve, em toda parte, a
explosão triunfal dos idiotas."
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
SCP 5 - Arouca 1
O Sporting iniciou ontem da melhor forma o campeonato nacional. Uma vitória folgada sobre um modesto adversário e a liderança da prova ao fim da primeira jornada não é mais do que um bom começo. No entanto... já é um bom começo.
De referir o "nervo" de Leonardo Jardim, ao fazer entrar antes do intervalo André Martins, um jogador que na minha opinião é titular indiscutivel.
Nota negativa para Rojo, um atleta com falhas inadmissíveis para a posição que ocupa em campo. Nota positiva para Montero e para Bruno de Carvalho, por tudo o que tem feito e pela forma como o tem feito.
De salientar também o facto de jogarmos com uma média de cinco portugueses. Nos tempos que correm é um feito.
Fica o resumo.
sábado, 17 de agosto de 2013
Portugal e os Descobrimentos (1411-1542)
Em
1411 D. João I assina a paz com Castela. Depois de uma longa guerra surge
finalmente a paz com o único reino com que partilhávamos as nossas fronteiras.
Restava apenas o oceano e, foi para aí que o monarca português voltou as suas
atenções.
Em
1415 uma armada portuguesa conquista a cidade de Ceuta. Os motivos oficiais que
levaram a tal demanda prenderam-se essencialmente com motivos de ordem
religiosa. A conquista de territórios ao infiel em nome de Deus foi o
principal, havendo outros, como a necessidade de um feito militar para armar os
infantes em cavaleiros do reino. No entanto, forças mais poderosas
impulsionaram a expansão portuguesa em Marrocos. À partida, as pressões da
burguesia comercial e da nobreza. A primeira sempre ávida pelo lucro potenciado
na conquista de novos mercados e, a segunda, pelas mercês, senhorias e a
riqueza do saque que a paz lhes negava. A juntar a tudo isto temos a importância
estratégica da cidade, que influenciou a manutenção da mesma pelas forças
portuguesas. Ceuta providenciava apoio logístico de vital importância ao reino
de Granada, assim como aos piratas muçulmanos que muito prejuízo causavam a
Portugal. Ficaram desta forma protegidas as rotas marítimas
comerciais ibéricas e a actividade piscatória. Também foi tido em conta que a
presença portuguesa em Marrocos seria um entrave às pretensões Castelhanas aos
territórios a sul, ou que permitiria boas bases logísticas de apoio à futura
expansão atlântica. Também o fervor religioso no combate ao infiel as novas
oportunidades de comércio e corso, terá pesado na decisão de manter uma forte
presença portuguesa em Marrocos. Em suma, existiu uma conjuntura de interesses
económicos, de estratégia político-militar e religiosos que viriam a marcar não
só o início da expansão portuguesa em Marrocos, como também toda a história dos
descobrimentos portugueses.
Assistiu-se
pois, no período seguinte à conquista de Ceuta, à primeira etapa de integração
na chamada “expansão atlântica”. Nesta etapa estiveram em confronto duas
correntes, com dois protagonistas distintos, a nobreza e a burguesia. Aos
primeiros movia-os uma sede de conquista através da acção militar, aos segundos
o lucro da actividade mercantil.
A
D. João I sucede D. Duarte, que continua a apoiar a exploração marítima e as
conquistas em África. Figura fulcral nesta política foi o seu irmão, o Infante
D. Henrique que, fixando-se em Sagres articula e coordena as diferentes
expedições exploratórias de além-mar. O reinado de D. Duarte fica no entanto
marcado pelo desastre da expedição a Tanger em 1437, onde as forças portuguesas
foram derrotadas, deixando em cativeiro D. Fernando, irmão de D. Duarte. Este
viria a morrer em cativeiro. D. Duarte faleceu ainda antes deste, deixando nas
mãos de D. Leonor a regência do reino, uma vez que o seu sucessor, Afonso V,
tinha na altura seis anos.
O
conflito de interesses entre a nobreza e a burguesia pende decisivamente para o
terceiro estado ao forçar a entrega da regência do reino das mãos de D. Leonor
para D. Pedro, opositor de uma campanha militar continuada em Marrocos. Esta
etapa fica também marcada pala descoberta das ilhas da Madeira (1419) e dos
Açores (1427), assim como a passagem do cabo Bojador por Gil Eanes (1434). É
pois um período de consolidação através da exploração geográfica das novas
áreas como de inovações técnicas que permitiriam aos navegadores portugueses
uma boa base de partida para o futuro dos descobrimentos portugueses.
A
segunda etapa decorreu entre 1440 e 1449, ano em que faleceu D. Pedro. Durante
este período, continuou a exploração da costa africana, cada vez mais para sul,
com especial destaque para o golfo de Arguim, onde os portugueses fundaram um
importante posto comercial. A essa feitoria acabou por convergir um enorme
fluxo de mercadorias e informações, intensificando e alargando cada vez mais o
comércio à iniciativa privada. No fim desta etapa, o Atlântico assume uma
enorme importância económica para o reino. Os navegadores sulcam vastas áreas
do Oceano, compreendidas entre Portugal continental, ilhas (Madeira e
particularmente Açores) e costa de África (especialmente a fortaleza de
Arguim).
Com
a morte de D. Pedro, assiste-se a um período de considerável abrandamento nas
missões de exploração e comércio. Afonso V, rendido à nobreza nobiliárquica,
belicista,
decadente e pouco vocacionada para as actividades mercantis, opta por uma
guerra de conquista no norte de África, teoricamente mais favorável aos cofres
do reino, em detrimento das novas descobertas a sul da Serra Leoa. Concede esta
tarefa, juntamente ao monopólio do comércio da região, a Fernão Gomes, a troco
de uma quantia de 200 000 reis. O monarca inicia então uma série de campanhas
militares em Marrocos. Conquista Alcácer Ceguer (1458), Anafé (1464), Arzila
(1471), Tanger e Larache. Os motivos impulsionadores desta autêntica cruzada
africana estiveram relacionados com a conjuntura internacional da época. A queda
de Constantinopla (1453) leva o papa Calisto III a apelar aos reis católicos
que travem guerra ao infiel onde quer que este se encontre. Este estado de
guerra permanente, contra os mouros e no fim do seu reinado contra Castela,
deixará o reino muito debilitado economicamente. Coube ao seu filho, futuro D.
João II, equilibrar de novo as contas do reino, retomando a empresa da expansão
e dos descobrimentos. Para isso ordena a fortificação da feitoria de S. Jorge
da Mina, transformando-a no maior pólo comercial português, o mais pulsante
centro económico do reino. Desde 1474 que o soberano tomou todas as medidas
para passar o controlo efectivo do comércio ultramarino para as suas mãos, o
que permitiu a exclusividade da epopeia a Portugal. Esta fase termina em 1482.
Depois
de assegurado controlo régio sobre o comércio, partiu-se para a última fase da
expansão atlântica, a descoberta da passagem para o Índia. Esta seria
conseguida pelo sucessor de D. João II, D. Manuel I com o envio de uma armada
comandada por Vasco da Gama, no ano de 1497. Esta ultima etapa da chamada
expansão atlântica teve um cariz essencialmente exploratório e duraria até ao
ano de 1502/3.
Se
é verdade que fomos nós portugueses a desbravar o Atlântico e a respectiva
costa africana, tal não foi necessário após dobrar o cabo da boa esperança. O
Oceano Indico era já palco de movimentadas rotas comerciais. Existiam já
experimentados navegadores, aos quais Portugal apenas teve de assimilar os seus
conhecimentos.
Passamos
assim às fases de integração e conquista do Oriente. A primeira, compreendida entre
1500 e 1507/9. Durante esse período, procedeu-se ao domínio de uma serie de
bases terrestres com vista à estratégia marítima. Uma grande diferença,
enquanto no Atlântico as feitorias são locais de comércio fortificados, no
Indico são fortalezas onde se efectuam transacções comerciais. É que o comércio
do ouro e das especiarias estava nas mãos dos mouros e, estes não abdicaram
dele sem luta. Foi o que aconteceu em 1509 na grande batalha marítima de Diu,
onde o 1º vice-rei da Índia, D. Francisco de Almeida esmagou toda a
concorrência. Seguiram-se as conquistas de Goa (1510), Malaca (1511), Ormuz
(1515) e a ocupação de Diu (1535). Efectivou-se desta forma, a consolidação
bases
marítimas a par com a constituição de novas bases territoriais mais para o
interior. Portugal apostava assim em solidificar o controlo territorial com
vista à defesa efectiva do comércio ultramarino, abrindo as portas para o
domínio comercial português no Oriente.
Podemos
afirmar que a duas fases correspondem dois oceanos distintos. A fase atlântica,
onde as principais dificuldades se prendiam com a “virgindade” do território e,
a fase relacionada com o Oceano Indico, onde à semelhança do que aconteceu no
norte de África, os interesses previamente estabelecidos nos obrigaram a tomar
uma posição musculada de conquista pela força das armas.
Também
a estratégia delineada pelos vários monarcas foi consideravelmente diferente
nos dois espaços. No atlântico, em especial depois da descoberta do Brasil em
1500 por Pedro Álvares Cabral, a concessão de enormes espaços a senhorios quase
independentes é a marca dominante. No indico, face às necessidades de defesa
mais prementes, obrigou à nomeação de um vice-rei e governadores, com
competências especialmente no campo militar, mas também administrativas e
financeiras.
Desde
1415, com a conquista de Ceuta, até 1542, com a chegada dos navegadores
portugueses ao Japão, contabilizam-se 127 anos de epopeia, escrita por um povo
de qualidades ímpares, de onde sobressai a sua coragem inigualável. Qualquer
semelhança com o que somos hoje é pura coincidência.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
WWZ
Os zombies estão na moda. Aproveitando o êxito da série televisiva Walking dead, Holywood transportou de novo os mortos-vivos da televisão para o grande ecrã num pequeno passo. Pena é que este filme não nos traga nada de novo. Argumento pouco original, elenco com nomes pouco conceituados, com a excepção óbvia de Brad Pitt, esta é uma película que o cinéfilo amante do género pode perfeitamente aguardar pela estreia nos TVcines. Nem a receita é nova. Um grande nome no papel principal, orçamento na casa dos duzentos milhões, zombies e acção com fartura. Lembram-se? Exactamente, I Am Legend de 2007 com Will Smith como protagonista e uma breve aparição da estonteante Alice Braga.
Fica a mais valia dos efeitos especiais cada vez mais realistas e o desempenho do principal actor, um dos melhores artistas da sétima arte, tardiamente reconhecido como tal devido ao rótulo de sex symbol.
Infelizmente não vale o preço cada vez mais exorbitante de um bilhete de cinema.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Belos Cavalos
Este é o primeiro livro da designada "Border Trilogy", que como o nome indica, tem por cenário o sul dos Estados Unidos e o México. A acção decorre em meados do século passado e tem por herói um jovem cowboy que procura o seu lugar no mundo.
John Grady Cole, um adolescente demasiado novo para assistir ao fim de um modo de vida ancestral e sem vontade para sobreviver na nova era que desponta.
A frustração leva-o a fugir para sul, na companhia de Lacey Rawlins, um amigo com o qual partilha ideais. Ao longo da jornada o leitor toma consciência da camaradagem forjada no silêncio que une os dois jovens, sempre questionada pelo rude ambiente que os rodeia. É perante os obstáculos que o homem se descobre e, estes surgem de forma crescente durante a viagem. De salientar também a comunhão entre homem e cavalo. John Cole acima de tudo nutre um sentimento de paridade com a sua montada em particular e com mundo equestre no geral, como se adivinhasse e partilha-se o destino destes belos animais no progresso da nova realidade que surge no horizonte.
John cole é um velho de dezasseis anos, um herói sereno e obstinado, condenado a errar pelo mundo na companhia do seu corcel e da decepção que o atormenta.
Este livro marca o reconhecimentodo autor, pois é o seu primeiro best-seller. Não é o seu melhor romance, mas não deixa de ser um belo livro do melhor escritor vivo que conheço.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Troféu Cinco Violinos
Ficou em casa pela segunda vez o Troféu Cinco Violinos. Com uma exibição convincente o Sporting derrotou a Fiorentina por três a zero.
Pelas prestações nas partidas de preparação já dá para vislumbrar o que será a equipa no principio da presente época. Patrício indiscutível na baliza. Nas laterais Cédric e Jefferson já ganharam a posição. A dupla de centrais... Maurício, apesar de ainda não convencer já demonstrou que deve ter lugar no onze. Já a outra vaga... o miúdo ontem fez uma excelente exibição, haja coragem para o pôr a jogar. No meio-campo não dou palpites. Rinaudo a jogar assim acaba expulso em metade dos jogos. André Martins e Adrien devem ter primazia sobre os restantes. Magrão ainda não tem ritmo mas já se vê algum coisa, quanto aos outros...
Na frente Capel é o que se sabe e Montero entrou na equipa à leão. Carrillo é um desperdício de talento e slimani ainda não recuperou do Ramadão.
Falta referir uma legião de catraios com um potencial imenso à espera de uma oportunidade, que todos merecem e, espero sinceramente que a tenham ao longo da temporada.
Uma menção a Marcelo Boeck com o físico de um texugo anafado. Se eu mandasse ficava a pão e água até ao próximo jogo.
Sem grandes expectativas vamos até onde exuberância e o ânimo da juventude nos levar.
Força Sporting!!!
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