quinta-feira, 18 de abril de 2013

É impressionante...

... a fixação de parte considerável da nossa juventude e não só, pela cultura oriental.
Desde a alimentação, com a ida semanal ao chinês ou ao shusi, passando pela religião, com o budismo e o hinduísmo à cabeça, até à medicina alternativa onde se destaca a acupunctura. O ioga surge também em destaque, uma espécie de desporto, onde não existem adversários e se transpira pouco, com a meditação a atingir níveis em que o praticante levita, ou, a sua forma astral abandona a física. No reiki, existem os mais variados "cursos" para todos os gostos de forma a que os participantes descubram o caminho da luz nas trevas profundas onde habitam. Eu pessoalmente prefiro ter as contas em dia com a EDP.
Tudo em nome da liberdade de espírito para atingir a felicidade, ou, na pior das hipóteses, seguir as mais recentes "modinhas" e fazer tristes figuras. Que se compreenda, nada tenho contra os orientais ou com a sua cultura, o meu problema é mesmo com os de cá. 

Tudo isto é perfeitamente compreensivel. Uma juventude vazia na busca incessante por algo que a preencha. Só fico com uma dúvida. No meio de tanta orientalidade porque é que se esqueceram do bushido?

4 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me óbvia a resposta, uma parte já é dada pelo caro Trolha, mentes vazias...
Depois existem muitos outros factores, pertences aos Bushido que não são compatíveis com a mentalidade das pessoas de hoje em dia, mais a mais a juventude, evidentemente, que esses muitos deles não passam de parasitas na nossa sociedade. Quem hoje em dia daria a vida pela honra? Quem é leal a alguém, costumes, tradições, família ou por uma causa em que acredite? Honestidade? Justo? Sim, são justos, apenas com o seu umbigo, nada mais...
Vivemos num mundo tão hipócrita que só por isso se justifica as pessoas se agarrarem a crenças, tradições, medicinas alternativas, etc, (tudo isto vindo de culturas que não a nossa), acreditando que através disso conseguem atingir a felicidade e salvação.
Meu Deus...agarrem-se ao trabalho, ajudem o vizinho que precisa, pois está a passar fome, façam algo para melhorar a sua comunidade, algo protudivo se bem que se entenda, enfim, há tanto para fazer dentro do nosso País, por ele e pelos nossos, tenho a certeza que se o fizessem, atingiriam a felicidade muito mais rápidamente, assim como a salvação.
Questões sempre pertinentes e com muito a dizer, colocadas aqui pelo Trolha, bem haja.

Anónimo disse...

Não concordo com esta perspetiva de como vê as " coisas orientais " . Será que alguma vez deu atenção ao seu eu interior ? Alguma vez experimentou meditar ? Fazer yoga ? Entrar em contacto consigo mesmo e ir mais além do que os seus olhos podem ver ? Faça esta viagem interior sem medo de se conhecer a si mesmo. Muitas vezes criticamos aquilo de que temos medo ou pouco conhecimento. Todas estas "crenças" existem há milhares de anos e tem de haver espaço para elas e para os que acreditam nelas e para os "outros ".. Ambos os mundos existem e só com eles se torna possível o equilíbrio.
Namasté

Vasco Dionísio disse...

Boa tarde caro anónimo(a).
Em primeiro lugar nunca me referi a este assunto como "coisas orientais". Cultura oriental foi o termo utilizado e, reafirmo que nada me move contra esta. Aceito que tenha sido pouco correcto, um pouco jocoso, quando abordei a temática do ioga. Aqui fica um pedido de desculpas a todos os convictos praticantes, pois trata-se de uma componente fulcral do budismo e hinduísmo, duas religiões milenares. Nesta "casa" a religião é sagrada, cada qual com a sua, desde que não me tentem vender nada...
Fala-me de medo e pouco conhecimento. Em relação ao primeiro a cara amiga conhece-me bastante melhor do que isso e, em relação ao pouco conhecimento, o primeiro passo para se abandonar a ignorância é reconhece-la. Quantos dos seus conhecidos e fervorosos praticantes podem afirmar o mesmo?
O reiki não é milenar, nem sequer centenário, apareceu na segunda década do século passado se não me falha a memória. Não lhe é reconhecida nenhuma credibilidade e os seus conceitos são puramente especulativos. Conheço pessoalmente dois "mestres" desta disciplina, um deles está a passar uma temporada na Grécia.
Despeço-me, não com um namasté, pois não me curvo perante um semelhante, mas com um tradicional saúde, pois parece-me ser este um bem precioso... não?

P.S. Infelizmente não me elucidou sobre a pouca popularidade do bushido...


Anónimo disse...

Não entendo a discusão, Bushido até é influenciado em vários conceitos, nomeadamente no Budismo. Os samurais não temiam os perigos, precisamente por utilizarem a meditação do Zen, procuravam a harmonia com o seu Eu interior e com o mundo à sua volta, não temia a morte porque acreditavam na vida após a morte.
Os conceitos Orientais, são quase todos baseados no mesmo, discutimos aqui apenas o facto de preferirem utilizar o seppuku como prova de honra? Será que defender a honra desta forma é de louvar, ou simplesmente um acto de covardia? Acho que aqui é que está a questão.

Pode até ser pouco popular, mas há quem o pratique, pena que sejam poucos, pois talvez através das suas 7 Virtudes tívessemos não só pessoas melhores, como um mundo muito melhor. Para quem não as conhece, aqui ficam:

GI - Justiça e Moralidade, Atitude directa, razão correcta, decidir sem hesitar;

YUU - Coragem, Bravura Heroíca;

JIN - Compaixão, Benevolência;

REI - Polidez e Cortesia, Amabilidade;

MAKOTO - Sinceridade, Veracidade total;

MEIYO - Honra, Glória;

CHUU - Dever e Lealdade;

A verdade é que ninguém, ninguém mesmo aplica estes conceitos, muitas das vezes nem para connosco próprios, por isso talvez a falta de popularidade, a crença no Bushido e a prática do mesmo. No meio disto tudo, sendo que o Vasco acredita neste conceito, mais do que em todos os outros conceitos orientais, presumo que se não pratica, com toda a certeza, irá praticar, ou experimentar, tanto mais não seja em honra pela defesa do mesmo...ou não?