sábado, 4 de junho de 2011

Reflexão e ... acção

A menos de vinte e quatro horas de se conhecerem os resultados das eleições Legislativas 2011, deixo-vos aqui a analise de um trolha, que cada vez menos compreende esta grande Nação Lusitana.

Começando pela campanha, penso que se pode salientar a total ocultação das medidas que serão tomadas pelo futuro governo. PS, PSD e CDS, durante toda a campanha deixaram para depois das eleições as medidas de austeridade pouco populares que obrigatoriamente terão de ser tomadas... um cheque em branco, será o que os eleitores destes três partidos assinarão este Domingo. Bloco e PCP falaram, falaram... mas não disseram nada de novo, pediram uma maioria de esquerda para depois com toda a legitimidade democrática, imporem um novo PREC, ou uma nova ditadura do proletariado.


Previsões, previsões... vitória com pouca margem para PS ou PSD. Governo rosa com Portas ou laranja com Portas, tendo as malas feitas o líder partidário derrotado. O CDS fará sempre parte do próximo executivo. Já Lousã e Jerónimo passarão a próxima legislatura no lugar em que se sentem mais à vontade, na oposição.


Independentemente de quem ganhe, Portugal tem já o destino traçado. Entregues a este regime pseudo-democrático multi-partidário, a bancarrota adiada graças à troika, chegará daqui a dois ou três anos, tornando-se este belo país economicamente inviável.


Depois acontecerá o mesmo que está a acontecer na Grécia. As troikas deste mundo tomarão de assalto o que restar da nossa soberania e património.

Resta-me a esperança que entretanto surjam no raiar da alvorada novos tenentes de Maio, para enterrar de forma conclusiva os capitães de Abril e seus seguidores.

1 comentário:

Anónimo disse...

Para considerar após os resultados e nova constituição de governo.

O que se tem dito sobre José Sócrates e Paulo Portas? Muita coisa.


E sobre Passos Coelho, nada. Funciona como uma espécie de apagão na imprensa portuguesa o escrutínio sobre o passado profissional do líder do PSD que se a Primeiro-Ministro. E afinal que passado? Pedro Passos Coelho tem vários processos de execução, como administrador do Grupo Fomentinvest Ambiente, SGPS viu-se envolvido em mais de 10 processos de contra-ordenação, a nível pessoal vários processos fiscais por frequentes apresentações de declarações fora de prazo e algumas condenações nas empresas que administrou.

Outra curiosidade. A empresa de tratamento e valorização de resíduos industriais, RibTejo, do grupo Fomentinvest, de Ângelo Correia, e que teve como presidente do Conselho de Administração, Pedro Passos Coelho, actual líder do PSD, foi obrigada pelo Tribunal da Relação de Évora a pagar uma coima de 60 mil euros por infracções às normas ambientais. Esta sentença surge depois do Tribunal Judicial da Golegã ter confirmado, em Novembro de 2009, que a empresa presidida por Pedro Passos Coelho estava a infringir normas na área do ambiente. Esta decisão, confirmada em dois tribunais diferentes, leva a perguntar porque será que Pedro Passos Coelho tanto defende a privatização de serviços públicos.


Passos Coelho gaba-se, também, da sua experiência como administrador, mas esta é um desastre. Senão vejamos, o Grupo Fomentinvest de que Passos Coelho era administrador executivo geria, por exemplo, o “New Energy Fund” que integra vários projectos empresariais (com resultados desastrosos desde a sua constituição com uma desvalorização acumulada de 17% em apenas 15 meses e diversas empresas do Grupo sobre suspeita).

É esta a sua experiência!

Um dos projectos a Albaidas de que Pedro Passos Coelho era administrador executivo, na sequência de uma denúncia sobre gestão danosa durante os anos de 2008 e 2009 em que referem ter havido um desvio de cerca de 1 milhão de euros, foi objecto de uma deliberação da Comissão Executiva do Banif para que se procedesse a uma investigação exaustiva desses graves factos culminando com a realização de um memorando da Cuatrecasas.

Podem ver e fazer download das cartas do Banif à Fomentinvest, a denúncia da gestão danosa, a carta do Banif à MCO2-SGFIM e o memorando da Cuatrocasas.

Da apreciação do Comité de investimentos da NIF foi detectado, entre outras coisas, que “em 2009, as contas apresentadas não reflectiam sequer os saldos que o NEF tinha desembolsado a título do financiamento do projecto”, bem como, outras irregularidades.

Este fundo “NEF” tem participação de diversas instituições financeiras e estão neste momento completamente desvalorizados e descapitalizados em relação ao investimento inicial nele feito.

Podem ver este quadro que comprova essa desvalorização.

Existe, também, a intenção de caso o PSD ganhe as eleições integrar este fundo do Grupo Fomentinvest na CGD de forma a diluir o enorme buraco financeiro acumulado e assim compensar os diversos accionistas que passam por diversas instituições financeiras.

PPC que trouxe à campanha a sua capacidade de gestão empresarial como economista podia explicar o que tem a dizer à apreciação demolidora na sua gestão na Albaidas e se pode garantir que caso ganhe as eleições o fundo das energias e também o fundo do carbono (outro altamente desvalorizado) da Fomentinvest do seu amigo Ângelo Correia não será adquirido pela CGD.

Encontre aqui, disponível para consulta, um ponto de situação sobre o projecto Albaida.

Outro projecto com gravíssimos problemas de irregularidades na sua gestão foi MARL Energia.

Análises que podem, igualmente, ser aqui consultadas.

Pergunto eu: É isto que queremos para Portugal?