segunda-feira, 19 de julho de 2010

Não tenho sorte nenhuma

Hoje tive de ir tratar de uns assuntos à Conservatória do Registo Civil de Almada. Nada de muito complicado, pensava eu, mas precavido contactei previamente via telefone os serviços para saber a documentação necessária. Cartão de cidadão da pessoa requerente, foi a resposta do outro lado da linha.
Pelas 11:30 lá fui eu pedir uma segunda via de uns documentos que os CTT me fizeram o favor de extraviar. Tirei senha, aguardei 45 minutos e quando chegou a minha vez, pergunta-me assim a senhora:
-Já preencheu o impresso?
-Qual impresso minha senhora?
-Este, faz favor preenche o impresso e volte mais tarde, que agora não temos sistema.
Fui almoçar e por volta das 14:00 lá estava eu de novo.
-Senha H numero 11?
-Sou eu.
-Aguarde aqui neste balcão que a colega vem já.
15 minutos depois... chega a colega, passo de caracol, ar de enfado e uma vontade de trabalhar que até me estava a provocar urticaria.
-Tem tudo?
Eu que já estava azedo...
-Tudo o que a sua colega pediu!
-Falta a certidão da empresa ou o código da certidão permanente.
Foi nesta altura que me benzi...
- Então se falta porque é que a sua colega não me disse que era preciso?
-A colega saiu.
Comecei a sentir o sangue a pulsar nas veias do pescoço, regra geral dá-me 3 minutos antes de dizer umas coisas menos agradáveis.
-Fazemos assim, a senhora verifica se está tudo em ordem e quais os documentos necessários, que eu vou buscar!
Como se tivesse todo o tempo do mundo, lá verificou a papelada concluindo desta forma.
-É uma pena sabe, só falta mesmo o que lhe disse...
-Até já.
Lá fui eu ao escritório buscar o que faltava, sempre em acelerado, porque a Conservatória de Almada fecha ás 16:00 e eu queria resolver a situação hoje.
15:45, já estou a tirar nova senha. Ia no 12, eu era o 13, mais 30 minutos. Durante esse tempo pus-me a observar o sistema. Vi um pouco de tudo, uma das senhoras que estava a atender perdeu 5 minutos a brincar com uma criança que por ali andava, duas outras funcionarias diligentemente preenchiam impressos a imigrantes, outra desresponsabilizava-se perante uma senhora que já tinha percorrido 3 Conservatórias, Seixal, Oeiras, Almada e afinal o assunto tinha de ser resolvido no Seixal...
Lá chegou a minha vez, limitei o dialogo ao indispensável, paguei 30 € e saí dali para fora.
Em suma: quase um dia perdido, meio deposito de gasolina e uma dor de cabeça de origem nervosa. Não tenho sorte nenhuma.
Apostilha: aumentos de 1,4% para a função publica?, comigo levavam era extremidades afiadas.

Sem comentários: