quinta-feira, 1 de julho de 2010

Inocente

Almeida Rodrigues, actual director da Policia Judiciária, declarou-se inocente no caso do "apagão" dos ficheiros, que continham os crimes cometidos com arma de fogo, das estatísticas oficiais da base de dados do Ministério da Justiça.
Entre 2005 e 2009, coincidentemente o período a que corresponde esta espécie de ditadura xuxacialista, os crimes com recurso a arma de fogo "baixaram" de 30 000 para 16 000 aproximadamente, desaparecendo das estatísticas oficiais cerca de 14 000 ocorrências.
Até aqui tudo bem, são números, e se é verdade que dos números ninguém foge, também é verdade que quando convenientemente torturados, acabam sempre por confessar o que deles pretendemos.
O problema que aqui se põe, é que os números relativos à criminalidade em geral, nada tem a ver com a realidade.
Em primeiro lugar a grande maioria dos portugueses, quando vitima de um crime, não apresenta queixa. Ou porque não quer perder tempo, não se quer chatear ou pura e simplesmente porque tem MEDO.
E porquê medo?
Porque existe um sentimento de impunidade entre os criminosos, fruto de uma legislação feita por quem vive em condomínios privados e não tem contacto com a realidade. As forças da ordem estão totalmente desautorizadas, um agente que puxe da arma, com intenção de a usar, preencheu meio impresso para o subsidio de desemprego. As penas são irrisórias e cumpridas a 1/4 do tempo máximo. O descrédito da justiça portuguesa é já uma referencia nos países de 3º mundo, basta ver as manchetes dos jornais e percebe-se o porquê.
Por tudo isto e muito mais, não é possível apresentar números credíveis referentes à evolução e consolidação da criminalidade no nosso país de brandos costumes.
Resumindo, os lacaios de serviço e os manipuladores de estatísticas, podem trocar as bases de dados por bilhetes da CP da linha de Sintra, que depressa compreenderão o meu ponto de vista.

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